terça-feira, 24 de novembro de 2009

trocando uma idéia...

-Ai, ai... Tem épocas meu amigo. Citou o bom rapaz soltando um estrondo suspiro.


Que houve? - perguntou o Mr.Chapéu.


-Temos energias que nos passeiam.Tu sabe o que quero dizer, coisas difíceis de lidar com o tempo abundante de 24 horas quando já estamos ressabiados e de ressacas de energias que passaram e sugaram muito de você. Pois bem meu senhor, vou lhe contar pra não dizer que estou mentindo, meus ouvidos fecham até quando estou de olhos fechados, dormindo. Achei que era cera, limpei e tomei um banho, mas fecha de novo e nada escuto.


É sério meu rapaz, permita-lhe balbuciar um pouco no sossego,

No eco da imensidão.

*

O rapaz com as sombrancelhas avantajadas e apertadas no centro do rosto retrucou: Ando cansado pra caramba deste ano e as coisas insistem em não ajudar. Talvez tudo que tenha passado por esse espelho mágico dos 365 dias, tenham me formado pós-graduado em homem.

*

É, eu sei como é meu bom rapaz, Eles não dão nem alguns míseros centavos pra sua forma de prece.Vejo em sua face o quanto tenta. Perdoa-me no palavreado, mas é FODA.

*

O rapaz ainda muito pensativo e enrolando seu cadarço imundo entre os dedos, pensando nas palavras que lhe desciam à cabeça deixou escapar:


-Mas agora posso te contar mais uma coisa, vão ter que tentar muito mais para que eu me canse de verdade. Eu disse e repito: MUITO mais!!!. Meu santo tá cansado, mas posso estar rastejando e ainda vejo o ponto de luz que salva. Não vai ser este peso nas costas que vai conseguir me desanimar."

*

-O mundo ainda não é o bastante pro peso que você suporta, meu filho. Pode crer nisso, acredite! Bom, está na hora, tenho que ir indo e ainda tentarei me livrar do pesadelo de vê-lo nesse estado, e não poder ajudá-lo, não.



Falou aquele sábio de chapéu e foi 'simbora' cantarolando:

“todo mundo pode, todo mundo pode,

não importa o tempo que levar,

quem tentar, quem tiver na atitude,

quem tiver na batalha vai conseguir uma hora,

isso é um fato,

isso é uma verdade da vida”

(Alexandre Magno Abrão, 'Chorão')

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A mãe do mendigo?

Do sétimo andar nos traz uma verdadeira discução que poderiamos levar até a mesa de um humilde bar e conversar sobre cada frase. Eu fico maluco ao pensar nas tantas possibilidades que possam refirir a letra desta música.

Que tal?

*Um jovem da classe média morador de um prédio do sétimo andar, tenha se envolvido no mundo das drogas, onde por essa visão nos dá uma bela música representante da nostalgia profunda. A realidade de muitas mães infelizmente. Outros já citam que é de um cão, um pequeno cachorrinho que sumiu e era a companhia dessa pessoa.. Porém cachorro toma chá? Difícilmente, apenas se for uma simbolgia esse chá...

O chá citado "Chá de habu" conta lendas que é usado para certas ressacas de drogas, ou na limpeza do estômago de animais, daí entraria o cão.

*Algo a ver com amor, relacionamento, talvez? Quem sabe? Esse seria uma das interpretações mais óbvias, porém muito difícil ser para alguém como o Amarante(sim, na minha concepção um dos melhores, quiçá o mais foda letrista Brasileiro).

*E por último dizem que foi mais ou menos o que a mãe dele dizia pra ele, no caso, a mãe do Amarante.

algumas opiniões tirei do site/blog:
http://analisedeletras.com.br/los-hermanos/do-setimo-andar-los-hermanos/




Do Sétimo Andar

Los Hermanos

Composição: Rodrigo Amarante

Fiz aquele anúncio e ninguém viu
Pus em quase todo lugar
a foto mais bonita que eu fiz,
você olhando pra mim

Alto aqui do sétimo andar
longe, eu via você
e a luz desperdiçada de manhã
num copo de café

Deus sabe o que quis foi te proteger
do perigo maior, que é você
E eu sei que parece o que não se diz
o seu caso é o tempo passar
Quem fala é o doutor

Parece que foi ontem, eu fiz
aquele chá de habu
pra te curar da tosse do chulé
pra te botar de pé

E foi difícil ter que te levar
àquele lugar
Como é que hoje se diz?
Você não quis ficar

Os poucos que viram você aqui
me disseram que mal você não faz
E se eu numa esquina qualquer te vir
será que você vai fugir?
Se você for, eu vou correr
Se for, eu vou.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Chapeleiro Maluco.

um chapéu, um café e plena sapiência.


1980 - Uma década que o cometa passou no céu e foi aclamado por tantos olhares(tá, eu não vi), mas também foi a década que marcou pra minha família a compra ou quase isso de um imóvel na praia. Não sei ao certo, mas quase todas as melodias “The Curianas” me levam a esse tempo. E eu me lembro pouco, ou quase nada desse tempo em que passavam o filme E.T – Extraterrestre, de Steven Spielberg, nos finais de ano, se me recordo bem era no ano novo, pois no natal eu ficava em casa mesmo e nem queria saber de TV, eu esperava o velho safado do Noel chegar num trenó que nunca tive a chance de conhecer. Mas bom, voltando ao fato de que o filme era de 1982 e ele passava quase todo final de ano na década de 90, é disto que lembro em Porto Alegre. Aí me surge uma faísca mental que me diz que eu recordo mais dos lances vividos na praia pelo fato de gostar absolutamente do poder dos mares, das águas, da natureza. Aquilo que chamo de mágico, ah Mestre Natureza!


°


Agora escrevo ao som de The cure. E daí? Estranho porque é a única banda que me faz voltar aos anos 80, sendo que é claro eu nasci em 1986 e isso se torna mágico em alguns instantes livres. Foi uma época do contraste, o terno representando a margem do social e o visual bem despojado e irreverente. As vezes tenho a visão de que posso ter nascido e o médico ao invés de estar vestido de branco e cabelos lambidos com óculos, devia estar portando algum traje mucho-loco, camiseta soft-color com cabelos munidos de cera e mechas.


Bom... No tardar final da década e no início dos anos 90.... Nessa época era incrível, a arte de pescar no mar de noite na companhia do meu pai e amigos dele(que tomavam algum trago de cachaça ou vodka para se esquentar e entrar naquela água, escura, fria, que me passava medo e adrenalina pura para botar uma rede de sei lá quantos metros, na tentativa de peixe-Rei e Taínhas). Na verdade eu torrava tanto pra ir junto à noite até a beira do mar que era a única possibilidade existente. Sempre achei aquela imensidão negra muito misteriosa e um céu totalmente puro, gostava de ficar viajando no som que o mar fazia com aquele céu ora estrelado, ora carregado de nuvens enquanto eles se divertiam com a pesca.


Talvez alguns valores que tenha obtido nesses tempos, me fazem hoje o que me encontro, era algo simples e tão perfeito, um esboço. Longe de qualquer perfeição da minha pessoa (até pq quanto mais envelheço, menos conheço a maioria das pessoas e seus valores-sentidos e erro muito nas palavras), mas perto da perfeição do espaço físico que sempre encontrei na arte da areia, do mar que nunca nos deixa se quisermos ficar ali sentados do amanhecer ao anoitecer. Realmente mágico e de um valor pra mim que não caberia na minha vaga carteira e muito menos num Banco fechado à blindagem especial. Realmente guardo com carinho.


É, essa época tem essa trilha sonora. Precisava num instante citar o que se passa sempre que ouço esse tipo de som, mais preciso e conciso, essa banda: The Cure. Denso, uau. Ufa.


*Teclados, guitarras, diferenças, pesca, valores.. e meu campo semântico mental as vezes me complica. Não se difere, une e mesmo assim, não confunde.

Minha intenção não era fazer um merchandising em cima dessa arte banda e nem sempre colar link videos como sempre faço com as outras, e também, não faz parte dos meus players semanais, mas quando paro e escuto, a coisa ‘degringola’ de um jeito que sempre me leva sei lá pra onde.. 1989?! . Deve ser por isso minha fuga a escutar. É algo estranho pra que eu consiga entender, talvez mais fácil de entender a matemática financeira que eu e minha Adorada namorada estamos revendo por fins privados.


HOJE escrevi um tanto e tentei ser ao máximo fiel com o que expressei, caso haja curiosidade em alguma frase ou algum sentido, eu ouvi: a Letter to Elise, In Between Days, Just Like Heaven, Close to Me...


Ah, ops... já ia deixar a fuga do tema dominar, mas a praia citada era Pinhal.



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

pergunta.

O que veio primeiro:

o ovo, o ovo de codorna ou a galinha?


toc-toc.

TEMPO BOM!

"we didn't choose this life, this life chose us long ago
a web of friends and moments impossible to let go
though we surrendered what others want to treasure
we ended up with so much more"



A ausência um pouco das escritas, das seções "bloguirianas" me deixa mais organizado, um pouco mais dentro de mim... "crianças, o uso elevado das teclas de um teclado podem causar danos irreversíveis na cabeça.. "

e por falar em danos e cócegas... ele faz cosquinhas na papada do GOVERNO, e como nos safamos moderadamente de um feudalismo e da ditadura:

SLAVES TO THE PAVEMENT neles!!!!





se eu desaparecer novamente,

estarei exilado,
slaves to the pavement.

: ) ENERGY