
um chapéu, um café e plena sapiência.
1980 - Uma década que o cometa passou no céu e foi aclamado por tantos olhares(tá, eu não vi), mas também foi a década que marcou pra minha família a compra ou quase isso de um imóvel na praia. Não sei ao certo, mas quase todas as melodias “The Curianas” me levam a esse tempo. E eu me lembro pouco, ou quase nada desse tempo em que passavam o filme E.T – Extraterrestre, de Steven Spielberg, nos finais de ano, se me recordo bem era no ano novo, pois no natal eu ficava em casa mesmo e nem queria saber de TV, eu esperava o velho safado do Noel chegar num trenó que nunca tive a chance de conhecer. Mas bom, voltando ao fato de que o filme era de 1982 e ele passava quase todo final de ano na década de 90, é disto que lembro em Porto Alegre. Aí me surge uma faísca mental que me diz que eu recordo mais dos lances vividos na praia pelo fato de gostar absolutamente do poder dos mares, das águas, da natureza. Aquilo que chamo de mágico, ah Mestre Natureza!
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Agora escrevo ao som de The cure. E daí? Estranho porque é a única banda que me faz voltar aos anos 80, sendo que é claro eu nasci em 1986 e isso se torna mágico em alguns instantes livres. Foi uma época do contraste, o terno representando a margem do social e o visual bem despojado e irreverente. As vezes tenho a visão de que posso ter nascido e o médico ao invés de estar vestido de branco e cabelos lambidos com óculos, devia estar portando algum traje mucho-loco, camiseta soft-color com cabelos munidos de cera e mechas.
Bom... No tardar final da década e no início dos anos 90.... Nessa época era incrível, a arte de pescar no mar de noite na companhia do meu pai e amigos dele(que tomavam algum trago de cachaça ou vodka para se esquentar e entrar naquela água, escura, fria, que me passava medo e adrenalina pura para botar uma rede de sei lá quantos metros, na tentativa de peixe-Rei e Taínhas). Na verdade eu torrava tanto pra ir junto à noite até a beira do mar que era a única possibilidade existente. Sempre achei aquela imensidão negra muito misteriosa e um céu totalmente puro, gostava de ficar viajando no som que o mar fazia com aquele céu ora estrelado, ora carregado de nuvens enquanto eles se divertiam com a pesca.
Talvez alguns valores que tenha obtido nesses tempos, me fazem hoje o que me encontro, era algo simples e tão perfeito, um esboço. Longe de qualquer perfeição da minha pessoa (até pq quanto mais envelheço, menos conheço a maioria das pessoas e seus valores-sentidos e erro muito nas palavras), mas perto da perfeição do espaço físico que sempre encontrei na arte da areia, do mar que nunca nos deixa se quisermos ficar ali sentados do amanhecer ao anoitecer. Realmente mágico e de um valor pra mim que não caberia na minha vaga carteira e muito menos num Banco fechado à blindagem especial. Realmente guardo com carinho.
É, essa época tem essa trilha sonora. Precisava num instante citar o que se passa sempre que ouço esse tipo de som, mais preciso e conciso, essa banda: The Cure. Denso, uau. Ufa.
*Teclados, guitarras, diferenças, pesca, valores.. e meu campo semântico mental as vezes me complica. Não se difere, une e mesmo assim, não confunde.
Minha intenção não era fazer um merchandising em cima dessa arte banda e nem sempre colar link videos como sempre faço com as outras, e também, não faz parte dos meus players semanais, mas quando paro e escuto, a coisa ‘degringola’ de um jeito que sempre me leva sei lá pra onde.. 1989?! . Deve ser por isso minha fuga a escutar. É algo estranho pra que eu consiga entender, talvez mais fácil de entender a matemática financeira que eu e minha Adorada namorada estamos revendo por fins privados.
HOJE escrevi um tanto e tentei ser ao máximo fiel com o que expressei, caso haja curiosidade em alguma frase ou algum sentido, eu ouvi: a Letter to Elise, In Between Days, Just Like Heaven, Close to Me...
Ah, ops... já ia deixar a fuga do tema dominar, mas a praia citada era Pinhal.
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